Confissões de Uma Viciada

sábado, 5 de fevereiro de 2011

CINEMA: O Discurso do Rei (The King's Speech)

Confesso que quando vi o trailer pela primeira vez, achei um tanto quanto digno de bocejo, e não entendia ao certo essa empolgação com o filme. Pois bem, assisti e entendi totalmente. 

Não há muito a dizer sobre O Discurso do Rei – apenas que este é um dos melhores roteiros, com as melhores performances e um dos melhores filmes do ano. Isso é tudo!

O melhor conselho que posso dar a você é ir e ver O Discurso do Rei assim que puder. É um pacote completo, cada parte dele, desde caminhando através da névoa ao grande discurso, dado por um rei que declara a Segunda Guerra Mundial, onde foi necessário uma técnica de xingamentos cômicos que o ajuda a superar sua gagueira - tudo neste filme é executado com perfeição.

Baseado em uma história real, Colin Firth estrela como Albert, Duque de York. Como o filho do Rei George V (Michael Gambon), Bertie (apelido utilizado por sua família) precisa falar em público frequentemente. O problema é que Bertie tem um defeito na fala, ele gagueja. Mesmo procurando diversos especialistas no assunto, ninguém foi capaz de corrigir o problema. O duque só consegue acabar com essa frustração com a ajuda de sua esposa Elizabeth (Helena Bonham Carter) e de um ator fracassado Lionel  (Geoffrey Rush) que se recusam a deixá-lo sucumbir à sua gagueira. Através dos métodos de Lionel, Bertie começa a se sentir mais a vontade e assim é o começo de um tratamento e de uma bela amizade.

O Discurso do Rei parte seu coração desde o início. O Duque de York está parado na frente de uma multidão na cerimônia de encerramento da Exposição de 1925 do Império Britânico em Wembley Stadium, e as palavras simplesmente não saem. É doloroso vê-lo tão indefeso. O momento torna-se cada vez mais insuportável toda vez que a câmera corta para as pessoas que aguardam ansiosamente e ainda mais quando temos um vislumbre de sua esposa, claramente perturbada.


A partir de então, mesmo com o temperamento de Bertie, é impossível não simpatizar com ele. Entre o desenvolvimento do personagem e uma performance impecável de Firth, o Duque é um indivíduo infinitamente fascinante. É particularmente notável o quanto ele se transforma durante o filme, que vai do Duque de York para o Rei da Inglaterra, ao mesmo tempo em que ainda estamos aprendendo muito sobre sua personalidade.

Eu sempre fui uma fã de Colin Firth(O Diário de Bridget Jones). Ele é um ator muito bom, com seu jeito discreto, mas esta é certamente a sua obra-prima.
Geoffrey Rush(Contos Proibidos do Marquês de Sade) também oferece uma performance muitas vezes animada e emocionante, e ao mesmo tempo séria e cômica.
É muito bom ver Helena Bonham Carter em um papel fora do "universo Tim Burton" ou de um filme de Harry Potter, provando pela primeira vez o quão talentosa é, sem ter que fazer uma vilã excêntrica.


Não há melhor maneira de encerrar esta resenha do que apenas o óbvio; O Discurso do Rei merece ser honrado. Tudo sobre ele - a história, os desempenhos, fotografia, a edição - é extremamente comovente. Enquanto o filme chega ao fim no início da entrada da Inglaterra na Segunda Guerra Mundial, a relação do Rei George VI com Lionel não. A conclusão do filme é bastante satisfatória, graças a uma seqüência de texto e trívia, mas há um desespero por mais dessa belíssima história.

Título: The King's Speech
Elenco: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Boham Carter
Roteiro: David Seidler
Direção: Tom Hooper
Ano: 2010
Nota: 9,5

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3 comentários:

kynhaa disse...

Eu AMEI! AMEI MESMO! Se BS ou Inception ou SoK ganharem como melhor filme, ficarei feliz! Agora como melhor ator estou realmente torcendo para o Colin Firth levar como melhor ator (L)

carlos alberto disse...

Já é certo que Collin Firth levará o Oscar como melhor ator.

Mais que merecido depois desta apresentação perfeita.

Paulo Mendonça disse...

As atuações são a única coisa que segura o filme até o fim. Firth no seu melhor momento. Geoffrey Rush: sem palavras. Helena saindo da zona de conforto e fazendo um papel mais humano. Eu gostei do filme, mas não achei o melhor do ano. Quando assisti eu gostei mas senti uma sensação que não sabia descrever, depois descobri o que era: o filme é muito 'quadradinho', muito certinho, não ousa na direção, não cresce em momento algum. Sei lá, "A Origem" pra mim é um filme que consegue reunir boas interpretações (apesar de personagens sem carga tão dramática quanto 'Discurso'), bom roteiro e direção EXCELENTE!

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